Portugal e os desafios da transformação digital
Portugal mais digital: como os centros tecnológicos internacionais escolhem o nosso país
Grandes data centers, hubs digitais e empresas tecnológicas internacionais
estão a escolher Portugal como sede.
Já não é apenas o clima, a hospitalidade e uma política salarial mais baixa (em comparação com outros países desenvolvidos) que influenciam essa decisão. O país mais ocidental da Europa está a ser escolhido para grandes investimentos devido a:
· Excelente localização geográfica
· Boas práticas e regulamentação de proteção de dados
· Estabilidade social e política
· Abertura e ambiente favorável a novos negócios
· Investimento em inovação e digitalização
· Grande conhecimento técnico dos profissionais
· Rede de cabos de fibra ótica que liga a Europa a África, Américas e outros destinos.
· Pioneiro em inovação, padrões de segurança cibernética.
A análise surge no Data Center Dynamics, que cita um estudo internacional levado a cabo duas sociedades de advogados: uma norte-americana - Akin Gump Strauss Hauer & Feld - e outra portuguesa - a PLMJ.
Transformação digital: um desafio global
“Embracing the Challenges of Digital Transformation” é o nome do estudo, que aborda especificamente tópicos como a proteção de dados e a segurança cibernética.
Perante a crescente procura de serviços digitais, Portugal
tem-se revelado “um hub acolhedor para grandes empresas internacionais de
tecnologia e hyperscalers”.
Alguns exemplos de empresas tecnológicas que operam em Portugal são a Destinux empresa especializada em viagens corporativas; e a Groundforce, que renovou o contrato até 2024, como já dissemos aqui no blog.
Nos últimos anos, com a pandemia e consequente confinamento, a nossa realidade tem sido marcada pela transformação digital. Vejamos:
· A utilização da internet cresceu uns espantosos 40% a nível global.
· A quantidade de dados criados, consumidos e armazenados passou de 2 zettabytes em 2010 para mais de 180 zettabytes em 2025 (Fonte: Statista).
· Com isso, aumentam os riscos de segurança digital e uso de dados.
A União Europeia tem insistido na necessidade de proteção de dados, impondo novos regulamentos e legislação. Os países preocupam-se com a sua “soberania de dados”, mantendo os dados dentro das suas próprias fronteiras. No caso luso, Portugal compromete-se com a “mobilidade de dados”, já que não proíbe a transferência de dados para fora do território nem restringe o seu tratamento.
O país também tem conseguido acompanhar esta evolução ao assumir um papel relevante no setor tecnológico, atraindo cada vez mais empresas e recursos. Nomeadamente, a nível da cibersegurança, com a adoção de padrões internacionais e a certificação pelas empresas líderes na indústria.
Estima-se que o investimento luso no apoio à transição digital vá equivaler a 22% das subvenções e empréstimos que receba no âmbito do PRR.
De igual forma, não
existem restrições adicionais à utilização de cookies e e-marketing. Neste
âmbito, a regulamentação é a estabelecida a nível das diretivas europeias de e-Privacy.
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