6 Geoparques de Portugal a não perder
Foto: Estrela Geopark
De Norte a Sul e nas Ilhas, encontramos geoparques de Portugal tão deslumbrantes que a UNESCO os integrou na sua rede mundial.
Venha descobrir territórios únicos, paisagens belíssimas e atividades divertidas e relaxantes nos Geoparques de Portugal. Conviva em família, com amigos, com os habitantes locais e desvende as tradições e costumes de cada aldeia. Passeie na natureza, respirando o ar puro e a frescura dos rios e ribeiros. Serra da Estrela, Naturtejo, Arouca, Terras de Cavaleiros, Açores e, mais recentemente Oeste - todos eles locais imperdíveis para quem ama Portugal.
1. Estrela Geopark
Em agosto de 2022, a Serra da Estrela sofreu uma série de
incêndios sem precedentes, que afetou seriamente a sua beleza natural, os
recursos e as populações que ali habitam. Mas o Geopark continua a convidar as
pessoas a visitar, explorar e sentir – porque afinal, a região não se esgota na
área ardida.
É no Estrela Geopark que se encontra a Serra da Estrela, a montanha mais alta
de Portugal Continental, com quase 2 mil metros de altura.
Segundo o site Visit Portugal, “são visíveis as marcas da última glaciação em diversos locais como o Vale Glaciário do Zêzere ou a Lagoa Comprida” A autoridade de turismo recomenda. “na sua visita, poderá seguir os trilhos marcados no terreno que o levam a miradouros com vistas arrebatadoras, de onde pode apreciar as lagoas, as rochas moldadas pela natureza ou a riqueza da flora e fauna. Destaque também para o património cultural nas aldeias, nos castelos ou nas marcas da religiosidade, que para além dos muitos templos católicos, inclui uma forte presença judaica mais evidente em Belmonte.
Área: 2.216 km2
Municípios: Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia
História: A sua história Geológica começou no fundo de um antigo oceano e culminou com o soerguimento da Estrela, apresentando como principais rochas os granitos e formações metassedimentares com mais de 650 milhões de anos.
Pontos de interesse: Torre; Centro de Interpretação, aldeias de xisto, aldeias históricas
Atividades: percursos pedestres e cicláveis, praias fluviais, Museu do Queijo, Museu do Pão
Contactos:
Associação Geopark
Estrela
Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50
6300-559 Guarda
Tel.: +351 963 629 179
E-mail: [email protected]
2. Geopark Naturtejo
Foto: Naturetejo
O Geopark Naturtejo foi o primeiro em Portugal a obter esta classificação que
reconhece a importância dos seus 17 geomonumentos como as imponentes Portas de
Ródão que envolvem o Rio Tejo ou os icnofósseis de Penha Garcia. É também aqui
que se situa o Parque Natural do Tejo Internacional, onde se podem observar 154
espécies de aves e praticar atividades como escalada, canoagem ou passeios
pedestres e de BTT. Numa visita a estas terras é imprescindível descobrir a sua
herança cultural, bem patente nas aldeias históricas e do xisto.
Área: 5.060 km2
Municípios: Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão
História: As ruínas da Civitas Egitania em Idanha-a-Velha, as estações paleolíticas e a Arte Rupestre do Tejo, bem como as regiões megalíticas de Nisa e Rosmaninhal constituem pólos de relevante interesse arqueológico. As práticas ancestrais, testemunhos vivos das múltiplas singularidades da cultura raiana, têm fortes raízes na paisagem. O estatuto de "Aldeia mais portuguesa de Portugal", conferido a Monsanto, e as Aldeias de Xisto, espalhadas pelo Geopark Naturtejo, são símbolos desta riqueza etnográfica ainda muito bem preservada. O Naturetejo é Reserva da Biosfera desde 2015.
Pontos de interesse: Portas do Ródão, aldeias de xisto, aldeias históricas, arte rupestre, castelos, minas romanas
Atividades: Rota do xisto, Rota dos Abutres; Rota dos veados; caminhadas, praias fluviais, termas, Museu da Paisagem, observação de aves
Contactos:
Av. Nuno Álvares, 30
6000-083 Castelo Branco
Telf. +351 272 320 176
Email: [email protected]
3. Arouca Geopark
Foto: Arouca Geopark
No Arouca Geopark poderá descobrir 41 geossítios com características
singulares, de que se destacam as Pedras parideiras de Castanheira ou os Trilobites
gigantes de Canelas. Este território montanhoso, cujos pontos mais altos estão
nas Serras da Freita e de Montemuro, é atravessado por rios com excelentes
condições para o canyonning, canoagem ou o rafting, que tem nos rápidos do
Paiva um dos melhores locais de prática em Portugal. Outras visitas
obrigatórias são a queda de água da Frecha da Misarela e os Passadiços do Paiva,
que atravessam o geoparque ao longo de 8 km, sendo uma excelente forma de o
apreciar.
Área: 328 km2
Municípios: Arouca
História: No Arouca Geoparque Mundial da UNESCO encontramos 41 geossítios (locais de interesse geológico) que se destacam pela sua singularidade e notável valor do ponto de vista científico, didático e/ou turístico. Apresentam elevada relevância, com ênfase para quatro geossítios de importância internacional.
Quem chega, não consegue deixar de surpreender-se a cada passo, e o destino não é apenas o fim da viagem. É, antes, o início de uma outra aventura, recuando no tempo, até ao início de uma história com mais de 500 milhões de anos.
Pontos de interesse: Passadiços do Paiva, Estações da Biodiversidade, quedas de água, Serra da Freita, Museu das Trilobites
Atividades: Caminhadas, desportos aquáticos e de aventura, escalada, BTT, zonas balneares, visita a aldeias tradicionais, Rota dos Geossitios
Contactos:
4. Geopark Terras de Cavaleiros
Foto: Geopark Terras de Cavaleiros
No Nordeste Transmontano, no Geopark Terras de Cavaleiros encontra cerca de 180
km de trilhos que o levam à descoberta de 42 geosítios de reconhecido valor
científico e locais de grande beleza como a Paisagem Protegida da Albufeira do
Azibo. A oferta de atividades é diversificada e inclui a observação de aves, a
prática de btt, canoagem, kayak ou simplesmente o relax nas praias fluviais.
Numa visita à região é também fundamental descobrir a riqueza da gastronomia e
a originalidade das tradições, em que se destacam os Caretos de Podence que
animam as festividades de inverno.
Área: 700 km2
Município: Macedo de Cavaleiros
História: O singular Património Geológico dá a oportunidade de percorrer milhões de anos na história da Terra, despertando o interesse de geólogos de todo o mundo.
No séc. XVIII, uma das principais atividades da região era a criação de bicho-da-seda, de que são testemunhos as ruínas do Real Filatório de Chacim, que se prevê serem reaproveitadas no âmbito da "Rota Europeia da Seda", da qual Macedo de Cavaleiros é Sede em Portugal.
Pontos de interesse: Ecopark Azibo, Mina de Murçós, Poço dos Paus, Praia da Ribeira, Albufeira do Azibo, Gnaisses de Lagoa
Atividades: praias fluviais, percursos pedestres, cicloturismo, asa delta e parapente, caça, pesca, equitação, motocross, orientação, escalada, remo, canoagem, vela e windsurf, observação de aves. Cursos de identificação de cogumelos silvestres e de orquídeas selvagens.
Contactos:
Largo Manuel Pinto de Azevedo
5340-218 Macedo de Cavaleiros
Telf:278099166
E-mail: [email protected]
5. Geopark Açores
Poço da Alagoinha, Flores. Foto: @azoresgeopark
Em pleno oceano Atlântico, o Geopark Açores é único no mundo, já que dispõe de 121
geossítios dispersos pelas nove ilhas e pela zona marinha que as envolve,
espelhando a vasta geodiversidade vulcânica do arquipélago. Cada uma das ilhas
tem características específicas tendo em comum a beleza avassaladora de uma natureza
inebriante. Vulcões, caldeiras, lagoas, campos lávicos, fumarolas, águas
termais, fajãs, escarpas, grutas e algares vulcânicos, integram a lista de
riquezas geológicas da região que a majestosa montanha do Pico, de cone ainda
intacto, parece proteger.
Área: 12,884 km2, incluindo 2,324 km2 das 9 ilhas e 10,560 km2 dos 4 geossítios marinhos
Ilhas: Corvo, Flores, Graciosa, Terceira, São Jorge, Faial, Pico, São Miguel e Santa Maria
História: Encontram-se alusões a nove ilhas em posições aproximadas das açorianas no oceano Atlântico, em livros e mapas cartográficos desde meados do século XIV. Mas é com a epopeia marítima portuguesa, liderada pelo Infante D. Henrique, que os Açores entram de forma definitiva no mapa da Europa. Desconhece-se se terá sido Diogo de Silves, em 1427, ou Gonçalo Velho Cabral, em 1431, o primeiro navegador a atingir o arquipélago. A origem do nome Açores é igualmente ponto de várias teorias. A mais divulgada associa a designação aos milhafres encontrados, então confundidos com outra ave de rapina: o açor. Certo é que o Infante D. Henrique impulsiona a humanização das ilhas. Primeiro com o lançar de animais, entre 1431 e 1432, depois pelo envio de colonos, a partir de 1439.
Desde então, o povoamento estende-se ao longo dos séculos XV (grupos oriental e central) e XVI (grupo ocidental). Judeus, mouros, flamengos, genoveses, ingleses, franceses e escravos africanos unem-se à gente de Portugal Continental para enfrentar os duros obstáculos da tarefa.
Pontos de interesse:
Santa Maria: Pedreira do Campo, Barreiro da Faneca, Poço da Pedreira, Ribeira do Maloás e Ponta do Castelo.
São Miguel: Caldeira do vulcão das Furnas, das Sete Cidades, do Fogo e Caldeira Velha; Gruta do Carvão, Ilhéu de Vila Franca do Campo, Lagoas do Congro e dos Nenúfares, Ponta da Ferraria e Pico das Camarinhas, Vale da Ribeira do Faial da Terra e Fajã dos Calhau, Serra Devassa
Terceira: Algar do Carvão, Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros, Furnas do Enxofre, Caldeira de Guilherme Moniz, Monte Brasil, Pico Alto, Biscoito Rachado e Biscoito da Ferraria, Ponta da Serreta e escoadas traquíticas
Graciosa: Caldeira e Furna do Enxofre, Ponta da Barca e Ilhéu da Baleia, Caldeirinha de Pêro Botelho, Porto Afonso, Ponta do Carapacho, Ponta da Restinga e Ilhéu de Baixo
São Jorge: Arriba das Fajãs dos Vimes e de São João, Cordilheira vulcânica central, Fajã do Ouvidor e da Ribeira da Areia, Fajãs dos Cubres e da Caldeira do Santo Cristo, Morro de Velas e Morro de Lemos
Pico: Ponta da Ilha, Planalto da Achada, Montanha, Arriba fóssil Santo António e São Roque, Gruta das Torres, Lajido de Santa Luzia, Fajã lávica das Lajes do Pico, Ilhéus da Madalena
Flores: Caldeiras Funda e Rasa, Caldeiras Negra, Comprida, Seca e Branca, Fajã Grande e Fajãzinha, Ponta da Rocha Alta e Fajã de Lopo Vaz, Pico da Sé, Rocha dos Bordões
Faial: Caldeira, Graben de Pedro Miguel, Morro do Castelo Branco, Península do Capelo, Monte da Guia, Vulcão dos Capelinhos e Costado da Nau
Corvo: Ponta do Marco, Caldeirão, Fajã lávica de Vila do Corvo
Áreas Marinhas: Dorsal Atlântica e Campos hidrotermais; Banco D. João de Castro
Atividades: Rota das cavidades vulcânicas e rota dos centros de ciência, miradouros, trilhos pedestres, termalismo
Contactos:
Centro de Empresas da Horta
Rua do Pasteleiro s/n - Angústias
9900-069 Horta, Açores - Portugal
Telefone:(+351) 292 29352
6. Geoparque Oeste
Foto: Geoparque Oeste
O Geoparque Oeste é o mais recente parque reconhecido pela UNESCO, um dos mais de 200 territórios com esta chancela em todo o mundo.
Uma viagem que dá
a conhecer a evolução do planeta Terra e a cultura e história da região.
Área: 1154 km2, incluindo 72 km de costa atlântica, dos quais 15 km são praias de areia.
Municípios: Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.
História: O Geoparque Oeste testemunha 250 milhões de anos de história, do nascimento do oceano atlântico, aos dinossauros e os seus trilhos, passando para o aparecimento do homem, das grandes civilizações e das conquistas portuguesas.
Pontos de interesse: Aqui viveu uma dezena de espécies únicas de dinossauros, como provam os quatro ninhos de dinossauros e os 180 sítios fósseis encontrados no território, entre outros vestígios.
A Ponta do Trovão é um ponto estratigráfico de referência mundial.
Também relevante é a presença do Homem deste os primórdios das civilizações, a sua história, costumes e tradições.
Atividades: Percursos pedestres, sidroturismo,
enoturismo, desporto aventura, passeios de barco, visitas a museus.
Contactos:
Geoparque Oeste
Rua 6 de Outubro, n. 13 A
2540-063 Bombarral
E-mail: [email protected]
Artigo atualizado em abril 2024
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