Escuteiros em Portugal - com O ou com U?
Fundação
O movimento escutista foi fundado em 1907 por Robert Stephenson Smith Baden-Powell, mais conhecido por B.P, que acreditava que os jovens com a motivação certa, poderiam mudar o mundo.
Os primeiros passos que motivaram à fundação desta organização, foram dados na cidade de Mafeking na África do Sul, quando a mesma estava cercada durante a segunda guerra mundial.
Para evitar o avanço das tropas, os jovens foram organizados para desempenhar funções de auxílio no foro da enfermagem, cozinha, apoio às comunicações, entre outras.
A forma como esses jovens se esforçaram e empenharam se nas suas tarefas, causaram uma excelente impressão no fundador, e em consequência disso, foi feito, dia 1 de agosto de 1907, um acampamento experimental na ilha de Brownsea, com um conjunto reduzido de jovens.
Tendo sido um êxito, e resultado disso foi criado o escutismo.
Atualmente é a maior organização mundial sem fins
lucrativos, com cerca de 35 milhões de escuteiros em mais de 216 países.
Estima-se que desde a data do primeiro acampamento até aos dias de hoje, mais
de 500 milhões de pessoas já fizeram parte deste movimento.
Portugal
Em Portugal, o escutismo é considerado a maior organização
de jovens destinada à formação integral da juventude.
Uma organização acessível a todos, onde são dadas ferramentas para influenciar de forma positiva a sociedade.
O contacto com a natureza, com os animais, o respeito pelas diferenças, a vivência em grupo, a autonomia, a noção de responsabilidade, de partilha são todas valências adquiridas e que estão presentes na base desta organização.
O movimento em Portugal divide-se em dois, o escutismo e o escotismo e ambos fazem parte da FEP (Federação escutista de Portugal).
Apesar de ambos se regerem pelos valores que B.P implementou e pela lei escutista “sempre alerta”, a grande diferença não recai somente nas letras o e u, mas nas suas crenças religiosas.
O escutismo, designado por CNE, corpo nacional de escutas, foi fundado em Braga, a 27 de maio de 1923, pelos Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e Monsenhor Dr. Avelino Gonçalves que tinham como grande objetivo criar um grupo de jovens católicos portugueses, onde poderiam propagar a fé cristã.
O escutismo em Portugal (CNE) tem uma outra vertente, a vertente marítima.
O Escotismo, designado por AEP, associação dos escoteiros em Portugal, foi fundado em 1913 pelo Tenente Álvaro Machado, dando a liberdade a cada elemento para escolher a sua própria fé, sendo que existem bastantes jovens que são ateus.
Estrutura
- CNE
Os escuteiros em Portugal
dividem-se em agrupamentos, cobrindo todos os distritos e concelhos do
território continental e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Cada agrupamento está agregado a um núcleo, uma estrutura intermédia entre os níveis local e regional, atualmente existem 31 núcleos.
O CNE está organizado pedagogicamente em 4 secções, dentro de cada secção, os jovens organizam-se em pequenos grupos com uma nomenclatura própria, sendo que todos os elementos têm uma função importante e são liderados por um guia e um Sub-Guia.
Conforme a tabela abaixo, pode-se verificar a estrutura, a cor, as designações da secção, dos elementos, de como se agrupam, do lema e da faixa etária.
Todos os elementos, a nível nacional, usam a mesma farda, com camisa, calções ou saia, usando um lenço e jarreteiras da cor da secção a que pertencem.
- Escuteiros Marítimos
Apesar de inseridos no movimento CNE, e estarem agrupados da mesma forma, existem algumas diferenças na denominação das secções e dos seus elementos, existem também algumas diferenças no fardamento, sendo que ao nível da camisa, é bege nos escuteiros terrestres e azul-escura nos escuteiros marítimos.
- AEP
Segundo a tabela seguinte, a estrutura mantém se igual às restantes, havendo uma ligeira diferença nas designações das secções.
Por fim, deixo um excerto da última mensagem que o fundador dos escuteiros/escoteiros escreveu, para que os jovens se sintam inspirados e inspirem o mundo à sua volta.
O melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes e quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem.
Estai preparados desta maneira para viver e morrer felizes – sempre à
vossa promessa escotista – mesmo depois de já não serdes rapazes e Deus vos
ajude a assim.O Vosso Amigo, B.P
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