Como combater o aumento do preço dos bens alimentares em Portugal
A Deco Proteste faz regulamente pesquisas no mercado para analisar o aumento dos preços e concluiu que, “em fevereiro de 2022, um cabaz de bens alimentares custava 184 euros. Um ano depois custa quase 229 euros”. O peixe é o produto que regista maior subida de preços: 24, %. E mesmo com as “ligeiras descidas na taxa de inflação, o preço dos bens alimentares continua em rota ascendente”, conclui a associação.
Este aumento de preços pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo a escassez de certos produtos devido a condições climáticas adversas em algumas regiões produtoras, aumento dos custos de produção e transporte, e uma maior procura por produtos frescos e saudáveis por parte dos consumidores.
É importante lembrar que os frutos e legumes são essenciais para uma dieta equilibrada e saudável, e que é importante continuar a consumi-los, mesmo que os preços tenham aumentado. Os consumidores podem optar por comprar produtos da época, que tendem a ser mais baratos. Por outro lado, ao escolher produtos congelados ou enlatados, estão a considerar uma opção mais económica a médio prazo.
O que provoca o aumento de preços de bens alimentares em Portugal?
Alterações climáticas
Durante o inverno, muitas culturas de frutos e legumes são produzidas em estufas, mas mesmo assim as condições meteorológicas extremas, como a seca, têm afetado a sua quantidade e qualidade. Isso levou a uma oferta reduzida no mercado, o que resultou em preços mais altos.
Preço dos transportes
Outro fator que tem contribuído para o aumento de preços é o aumento dos custos de produção e transporte. Os preços dos combustíveis têm subido continuamente, o que tem levado a um aumento dos custos de transporte. Além disso, os custos de produção, como os fertilizantes e a mão-de-obra, também aumentaram, o que tem impactado o preço final dos produtos.
Aumento da procura
A maior procura por bens alimentares também tem contribuído para o aumento dos preços. Muitos consumidores têm optado por uma alimentação mais saudável, o que leva a uma maior procura por frutos e legumes frescos. Como resultado, a oferta não tem conseguido acompanhar a procura, o que tem levado a um aumento dos preços.
Diminuição do poder de compra
O aumento dos preços de bens alimentares é uma fonte de preocupação por parte dos consumidores, especialmente aqueles com orçamentos mais limitados. Muitos portugueses já estão a sentir o impacto no bolso, e têm-se queixado da subida dos preços. O aumento de salários no início de 2023 não consegue acompanhar o nível de inflação nem a conta do supermercado.
Guerra na Europa
A invasão russa da Ucrânia está a aumentar os preços dos alimentos não só em Portugal, mas em todo o mundo. As economias em desenvolvimento e emergentes estão a ser mais duramente atingidas devido à sua dependência da região para a importação de combustíveis e cereais. Para agravar o cenário, a Ucrânia é o maior produtor mundial de óleo de girassol e, em conjunto com a Rússia, é responsável por mais de metade das exportações mundiais de óleos vegetais e de mais de um terço de trigo.
Além do aumento dos preços de bens alimentares, verifica-se também a rotura de stocks e a escassez de alimentos em alguns países do mundo. Em Portugal, já acontece faltar ovos, cereais e leite, por exemplo. E este cenário pode agravar-se ainda mais conforme a evolução geoestratégica da guerra.
O que fazer para combater o aumento dos preços dos alimentos?
- Estar atento aos preços
e fazer uma pesquisa antes de comprar.
- Aproveitar
promoções e descontos
feitos pelas lojas para reduzir o impacto no orçamento familiar.
- Subscrever os programas de fidelização das diversas marcas de supermercados.
- Fazer uma lista de compras antes de ir ao supermercado, para não comprar bens desnecessários.
- Preferir meios de transporte ferroviário de forma a não consumir combustíveis fósseis.
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