PRR: Vamos apostar na eficiência energética dos edifícios de Portugal?
Estão abertas as candidaturas ao novo programa de apoio à eficiência energética dos edifícios residenciais. Mas afinal, para que serve este apoio do PRR?
Substituir janelas, instalar painéis fotovoltaicos e melhorar o isolamento dos edifícios em Portugal é o objetivo do novo Programa de Apoio Edifícios Residenciais + Sustentáveis 2023, inserido na componente C13 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Se concorrer e vir o seu projeto aprovado, poderá recuperar parte do dinheiro que gasta a renovar a sua casa. No total, há 100 milhões de euros destinados a melhorar a eficiência energética das residências portuguesas, 30 milhões dos quais atribuídos a este primeiro aviso.
Cada beneficiário está limitado a um incentivo total máximo de 7.500 euros, por edifício unifamiliar ou fração autónoma. Descontam-se os valores que já tenham sido cedidos na fase do anterior Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis.
O prazo para apresentação de candidaturas vai de 16 de agosto de 2023 a 31 de outubro. Só serão considerados elegíveis imóveis de habitação permanente. As candidaturas relativas a edifícios localizados fora dos distritos de Lisboa e Porto têm uma majoração de 10% no limite máximo de incentivo por tipologia de intervenção.
O que é a eficiência energética?
A eficiência energética é a otimização do consumo de energia. Ao utilizar diversos mecanismos de poupança de energia, podemos manter o nível de conforto e qualidade de vida que estamos habituados a ter, ao mesmo tempo que evitamos desperdícios.
O uso de eletrodomésticos energeticamente eficientes, que trabalham com grande qualidade a um custo inferior aos tradicionais, é apenas um exemplo.
O que é considerado neste apoio?
As residências em Portugal também podem ser melhoradas
energeticamente, em si mesmas. Estes são os aspetos abrangidos no apoio do PRR:
Janelas eficientes
O Fundo Ambiental apoia intervenções de substituição de janelas não eficientes por janelas eficientes, de classe energética igual a A+.
Painéis solares
Outro aspeto incluído é a instalação de sistemas fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo com ou sem armazenamento e ainda intervenções que visem a eficiência hídrica.
Isolamento de edifícios
O Fundo abrange ainda a aplicação ou substituição de isolamento térmico em coberturas, paredes ou pavimentos, sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento ambiente e de águas quentes sanitárias (AQS) que recorram a energia renovável, de classe energética A+ ou superior.
Normas de eficiência energética
Os protocolos utilizados internacionalmente para medir as ações de eficiência energética e a otimização da utilização de energia nos processos de produção são as seguintes:
Norma ISO 50001
A certificação de um Sistema de Gestão de Energia segundo a ISO 50001 permite identificar as atividades que consomem mais energia. Assim, é possível ativar um plano de medidas que minimizam os consumos energéticos das instalações e sistemas de forma integrada, maximizando, ao mesmo tempo, a eficiência energética das mesmas.
Norma IPMVP (International Performance Measurement and Verification)
Permite calcular com exatidão os resultados obtidos. Ao quantificar os benefícios gerados de acordo com um método certificado, este protocolo internacional valoriza as ações de melhoria do desempenho energético para os investidores e reduz o risco associado.
A nível dos edifícios em Portugal, podemos analisar a eficiência energética tendo por base dois critérios:
A redução do consumo, que compara a energia consumida entre dois períodos de tempo distintos;
As energias verdes, ou seja, energia oriunda de fontes sustentáveis, ainda que se registe o mesmo nível de consumo.
Para mais informações, consulte este ficheiro da página do Fundo Ambiental.
Leia também:
Os eixos do PRR para a Transição Digital em Portugal
A aprovação dos primeiros projetos do PRR em Portugal
Gostaria de acrescentar algo? Deixe nos comentários abaixo.